quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A Estrada


My Way (Paul Anka) Tradução livre:

E agora que o fim está bem próximo,
E transponho a cortina final,
Amigo, deixarei bem claro,
Irei expor meu caso do qual tenho certeza:
Vivi a vida em totalidade,
Viajei por todas as estradas,
E mais, muito mais que isto,
Eu fiz à minha maneira!
Arrependimentos tive alguns,
Mas bem poucos para serem mencionados.
Fiz o que tive que fazer,
Vi tudo, sem exceção,
Planejei cada caminho,
Cada passo, cuidadosamente, ao longo do caminho,
E mais, muito mais que isto,
Eu fiz à minha maneira!
Sim, houve momentos (tenho certeza que você sabe disto)
Nos quais meus passos foram maiores que as pernas,
Mas quando houve dúvida, experimentei, mas rejeitei.
Enfrentei tudo e me mantive em pé.
Eu fiz à minha maneira!
Amei, ri, chorei,
Tive minhas falhas, minhas derrotas,
E agora que as lágrimas descem,
Penso que valeu a pena.
E imaginando que fiz tudo,
Posso dizer, sem timidez:
Eu fiz à minha maneira!
E para que serve um ser humano, o que ele tem?
Se não tem a si próprio, então nada tem!
Para dizer o que ele verdadeiramente sente,
E não as palavras de alguém que se sujeita:
Tudo o que deixei gravado mostra que recebi as adversidades
Mas fiz tudo ao meu modo.
Do meu jeito.
Eu fiz tudo à minha maneira!

(Serra das Russas /Pernambuco)

Lua e Flor (Osvaldo Montenegro)

Eu amava como amava algum cantor
De qualquer clichê, de cabaré, de lua e flor.
Eu sonhava como a feia na vitrine,
Como carta que se assine em vão.
Eu amava como amava um sonhador,
Sem saber porque, e amava ter no coração
A certeza ventilada de poesia
De que o dia não amanhece em vão.
Eu amava como amava um pescador
Que se encanta mais com a rede que com o mar.
Eu amava como jamais poderia
Se soubesse como te contar.