Meus pés não tinham um rumo
- vagueavam vagabundos.
Minha alma não tinha um prumo
- volúvel, vazia, flutuava
Meu corpo não tinha dono
- eu mesma não o possuía.
Mas tinha um preço.
E carregado pelas ondas da aventura
Era navio perdido, sem porto – meu corpo!
...e afundava em alcovas estranhas.
Meus seios conheceram bocas estrangeiras;
Meus lábios beijaram corpos desconhecidos;
Minha boca chupou falos de estranhos;
Mãos estranhas me apalparam;
Clientes me procuraram e me tiveram;
Homens vieram e por mim passaram;
Seres que jamais tornarei a ver.
Quando garota, o mar lambia meus pés,
Voltando agora ao local dos meus dezoito anos,
Piso a areia e o mar, reencontrando-me, vem novamente me beijar.
Mas ele não me paga por isso,
Eu que deveria retribuí-lo com meus carinhos.
Mas ele não pede.
Gemidos de prazer - neste momento - não vibram em meus ouvidos.
Agora é o silvar do vento na praia,
Por onde andou e por anda a antiga prostitutazinha.
...finalmente dona do próprio corpo,
Retorna ao lar,
Repousando na alcova das fantasias mortas da juventude.
---------------------
http://www.youtube.com/watch?v=Am3ygj_0hZ8
Oi Claudia. O meu nome é Gonçalo Ribeiro e sou de Portugal.
ResponderExcluirEstou a deixar este comentário porque não consegui arranjar o seu contacto directo, eu sou musico, compositor e gostava de utilizar alguns trechos deste poema para uma musica que compus que tem exactamente o nome de "Garota de Programa"
O meu email é goncalo.f.ribeiro@gmail.com , por favor envie-me um email para falarmos sobre o assunto.
Obrigado Claudia,
Gonçalo Ribeiro
Pode dispor do meu poema
ExcluirObrigada
Oi Claudia. O meu nome é Gonçalo Ribeiro e sou de Portugal.
ResponderExcluirEstou a deixar este comentário porque não consegui arranjar o seu contacto directo, eu sou musico, compositor e gostava de utilizar alguns trechos deste poema para uma musica que compus que tem exactamente o nome de "Garota de Programa"
O meu email é goncalo.f.ribeiro@gmail.com , por favor envie-me um email para falarmos sobre o assunto.
Obrigado Claudia,
Gonçalo Ribeiro
Pode usar meu poema como quizer.
ResponderExcluirObrigada !